"Resolvi escrever esse blog em um momento de introspecção e indignação. Tem horas que a gente cansa. Nessas horas achamos que estamos loucos ou que quase toda a humanidade está."
domingo, 28 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
25.02.10
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EU SOU DESCENDENTE ZULU
SOU UM SOLDADO DE OGUM
DEVOTO NESSA IMENSA LEGIÃO DE JORGE
EU SINCRETIZADO NA FÉ
SOU CARREGADO DE AXÉ
E PROTEGIDO POR UM CAVALEIRO NOBRE
SE VOU NA IGREJA FESTEJAR MEU PROTETOR
E AGRADECER POR EU SER MAIS UM VENCEDOR
NAS LUTAS, NAS BATALHAS
SE VOU NO TERREIRO PRA BATER O MEU TAMBOR
BATO CABEÇA, FIRMO PONTO, SIM, SINHÔ
EU CANTO PRA OGUM
OGUM…
OGUM, UM GUERREIRO VALENTE
QUE CUIDA DA GENTE, QUE SOFRE DEMAIS
OGUM, ELE VEM DE ARUANDA
ELE VENCE DEMANDA DE GENTE QUE FAZ
OGUM, CAVALEIRO DO CÉU
ESCUDEIRO FIEL, MENSAGEIRO DA PAZ, OGUM
OGUM, ELE NUNCA BALANÇA
ELE PEGA NA LANÇA, ELE MATA O DRAGÃO
OGUM, É QUEM DÁ CONFIANÇA
PRA UMA CRIANÇA VIRAR UM LEÃO
OGUM, É UM MAR DE ESPERANÇA
QUE TRAZ A BONANÇA PRO MEU CORAÇÃO, OGUM
EU SOU DESCENDENTE ZULU
SOU UM SOLDADO DE OGUM
DEVOTO NESSA IMENSA LEGIÃO DE JORGE
EU SINCRETIZADO NA FÉ
SOU CARREGADO DE AXÉ
E PROTEGIDO POR UM CAVALEIRO NOBRE
SE VOU NA IGREJA FESTEJAR MEU PROTETOR
E AGRADECER POR EU SER MAIS UM VENCEDOR
NAS LUTAS, NAS BATALHAS
SE VOU NO TERREIRO PRA BATER O MEU TAMBOR
BATO CABEÇA, FIRMO PONTO, SIM, SINHÔ
EU CANTO PRA OGUM
OGUM, UM GUERREIRO VALENTE
QUE CUIDA DA GENTE, QUE SOFRE DEMAIS
OGUM, ELE VEM DE ARUANDA
ELE VENCE DEMANDA DE GENTE QUE FAZ
OGUM, CAVALEIRO DO CÉU
ESCUDEIRO FIEL, MENSAGEIRO DA PAZ, OGUM
OGUM, ELE NUNCA BALANÇA
ELE PEGA NA LANÇA, ELE MATA O DRAGÃO
OGUM, É QUEM DÁ CONFIANÇA
PRA UMA CRIANÇA VIRAR UM LEÃO
OGUM, É UM MAR DE ESPERANÇA
QUE TRAZ A BONANÇA PRO MEU CORAÇÃO, OGUM
(ORAÇÃO DE SÃO JORGE – Composição: Claudemir / Marquinho)
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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
21.02.10
"Socorro, não estou sentindo nada
Nem medo, nem calor, nem fogo
Não vai dar mais pra chorar, nem pra rir
Socorro, alguma alma, mesmo que penada
Me entregue suas penas
Já não sinto amor, nem dor, já não sinto nada
Socorro, alguém me dê um coração
Que esse já não bate, nem apanha
Por favor, uma emoção pequena
Qualquer coisa
Qualquer coisa que se sinta
Em tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva
Socorro, alguma rua que me dê sentido
Em qualquer cruzamento, acostamento, encruzilhada
Socorro, eu já não sinto nada, nada"
(Socorro - Cássia Eller)
sábado, 20 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
19.02.10
“... deitar com uma mulher e dormir com ela, eis duas paixões não somente diferentes mas quase contraditórias. O amor não se manifesta pelo desejo de fazer amor (esse desejo se aplica a uma série inumerável de mulheres), mas pelo desejo do sono compartilhado (este desejo diz respeito a uma só mulher).”
(Trecho- A insustentável leveza do ser - Milan Kundera )
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
18.02.10
*.*
Somos donos de nossos atos,
mas não donos de nossos sentimentos;
Somos culpados pelo que fazemos,
mas não somos culpados pelo que sentimos;
Podemos prometer atos,
mas não podemos prometer sentimentos...
Atos sao pássaros engailoados,
sentimentos são passaros em vôo.
(Mário Quintana)
*.*
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
17.02.10
"Se o nosso coração permanecer estreito sofreremos profundamente com todas as dificuldades que encontrarmos na vida - calor, frio, enchentes, bactérias, doenças, velhice, morte, pessoas teimosas, pessoas cruéis. Mas através da prática de Kshanti poderemos abraçar tudo e não teremos de sofrer. Um coração estreito não pode aceitar muito, não pode absorver e abarcar tudo, cada dificuldade que surgir. Mas um coração expansivo e aberto poderá facilmente aceitar tudo e você não terá que sofrer mais. Aperfeiçoar a prática de Kshanti consiste em, continuamente, tornar seu coração cada vez mais amplo, para que você possa aceitar e abraçar tudo. Este é o poder e o milagre do amor"
Kshanti
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
16.02.10
*.*
Vou pro campo
No campo tem flores
As flores têm mel
E mais de noitinha
estrelas no céu
O céu da boca da onça é escuro
Não cometa, não cometa, não cometa furo
Pimenta malagueta não é pimentão
Vou pro campo
acampar no mato
No mato tem pato, gato e carrapato
Canto de cachoeira
Dentro d'água pedrinhas redondas
Quem não sabe nadar
não caia nessa onda
A cachoeira é funda e afunda
Não sou tanajura mas eu crio asas
e com os vagalumes eu quero voar
O céu estrelado hoje é minha casa
e fica mais bonita quando tem luar
Quero acordar com os passarinhos
Cantar uma canção com o sabiá
Dizem que verrugas são estrelas
que a gente aponta
Que a gente conta antes de dormir
Eu tenho contado
mas não tem nascido
Isto é história de nariz comprido
Deixe de mentir
Os sete anões pequeninos
Sete corações de meninos
A alma leve
São folhas e flores ao vento
O sorriso e o sentimento
Da Branca de Neve
*.*
(Meninos - Composição: Juraildes da Cruz)
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
domingo, 14 de fevereiro de 2010
14.02.10
"Uma vez, no recreio, comendo um Bis derretido, pensei isso, pela primeira vez: e se eu ficasse louca?
Vi minhas amigas trocando papéis de cartas, vi uns meninos correndo de testa suada, vi uma professora caminhar como alguém que pensava em alguém que ela encontraria no final do dia, vi tudo isso como se não pudesse ter, ver, ser. E se eu ficasse louca. Que triste para meus pais, que triste para a carteira vazia da escola, que triste para os livros plastificados com a etiqueta que dizia que era eu. Uma estudante, uma garotinha, com família, amigos, presilhas de cabelo, camisas brancas PP com um brasão que trazia um livro e um fogo. Se eu ficasse louca tudo isso seria o quê? Pra onde iriam os materiais e as pessoas e o amor? E se eu ficasse louca? Quem iria me ver babar num canto de um hospital? Existe louco em casa? Mãe ama os loucos? Louco tem amigo? Louco tem livro plastificado? Louco começa e não para mais até acabar? Louco uma vez, louca pra sempre? Converse. Respire. Pense em garotos. Pense em xampus. Vamos. Não fique louca. Mude de assunto. Pense na menina mais bonita do mundo e odeie. Dê nome pra loucura que ela deixa de ser. Sinta dor com nome que assusta menos. Caia na aula de educação física, rale o joelho, sangre, dói menos. Desembarace os cabelos e sinta que problemas se alisam. Faça o papel do Bis virar um barquinho. Isso. Conte uma piada. Se os outros rirem bastante. Se a sua estranheza puder ser amada. Qualquer coisa menos loucura. Pense naquela música da rádio. Não, você não está triste. Uma fofoca e pessoas em volta. Vá até o banheiro retocar o batom da moranguinho. O professor mais ou menos bonito, por ele. Os outros. Olhe. Os outros. Vamos. Que data mesmo? Da guerra. Que data? Qualquer coisa. Menos louca. O hino. Sujou um pouquinho da meia. Limpinha. Dê nome aos problemas. Problemas com nomes são problemas e não loucuras. Sempre evitando que ela saia. Sempre segurando. Não caia dura no meio do mundo. Não se chacoalhe no meio do pátio. Não vomite só porque sei lá o que é isso impossível de digerir e nem quero saber. Não abrace sem fim porque é preciso sentir o vento com o peito sozinho. Terrível mas tem banho quente pra distrair. Não espanque, não soque, não chore sangue, não arranque a língua, não grite, não acabe. Siga. Sorria. Mais uma prova. Mais uma festa. Mais um garoto. Sempre um pavor escondido mas nem era nada disso. Sempre uma tristeza abafada mas nem era nada disso. Sempre uma alegria exagerada que ninguém acolhe e o silêncio depois, fazendo curativos na pureza criando cascas. Um dia você será. O quê? Normal. Um dia você será. Normal. Um dia. Enquanto isso, se distraia como a professora que ama, as crianças que trocam papéis de cartas, os garotos que correm. Eles estão se distraindo também e pensando “olha, uma menina comendo Bis”.
(Louca - Tati Bernardi)
sábado, 13 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
08.02.10
Ser mãe
Todo mundo me diz para ser forte, me diz que vai dar tudo certo. Me falaram para não chorar na frente dele porque ele precisa de mim...
Se Deus realmente existe, ele sabe exatamente o pavor que eu tenho de procedimentos cirúrgicos, ainda mais quando são realizados em um dos meus filhos.
A pergunta é: como não chorar? Essa sensação de impotência filha da puta que aperta o coração, tranca a garganta e me asfixia. Vontade de ser forte e fingir que nada está acontecendo? Não consigo. Esse amor que é maior do que eu, esse senso de responsabilidade por tudo que acontece com eles, desde uma unha quebrada a uma cirurgia... não me deixam fingir que nada está acontecendo.
Sofro mesmo, choro mesmo, e pergunto a esse Deus: se foi para me atingir porque não aconteceu comigo? Mas me vem a resposta... não foi comigo porque em um deles dói muito mais do que se fosse em mim.
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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
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