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Às vezes dá uma preguiça...
Quando sofremos uma decepção amorosa, esses estágios normalmente se sucedem.
Na primeira vez só sofremos mesmo, nos enterramos em um mundo de dor e lágrimas, como se toda a culpa de não ter dado certo fosse apenas nossa. Nos fechamos no nosso mundo e somos capazes de jurar que jamais nos apaixonaremos novamente. Seria recompensador se o coração obedecesse a razão. O coração teima e já estamos lá, apaixonados novamente e na reincidência da decepção sofremos um pouco menos, porque agora já nos sentimos mais fortes, muito mais fortes para enfrentar tudo e todos.
Acontece que a vida está em constante mudança, e parece mesmo que somos movidos pela certeza de que pode dar certo, mas os seres humanos são imprevisíveis e aí vivemos mais uma vez uma desilusão, dessa vez já não dói... simplesmente optamos por não sofrer e tiramos o "espinho do dedo".
A sensação tentando descrever seria: o coração bate acelerado, as mãos e pés transpiram, surge na garganta aquele nó que não nos permite respirar. Depois só fica a lembrança, da beleza da flor e da dor do espinho.
Confesso que de tudo ficou mesmo a apatia, a preguiça. E eu pelo menos, nesses momentos, me pego olhando-o a fundo, tentando meio que enxergar do outro lado. Se por um longo período eu achava que conhecia aquele ser humano, hoje eu olho e não vejo nada. Não reconheço ninguém.
As decepções amorosas foram semelhantes, o estímulo externo, o mesmo, o que muda mesmo é o parceiro e a forma como reagimos a tudo.
Posso dizer com um punhado de indignação que estou com preguiça, uma preguiça imensa. Não faço questão de me explicar nem de pedir explicações, não espero que ninguém entenda meus motivos, não peço que ninguém se desculpe, não quero... não sinto... não falo... não choro... não grito. Apenas calo e penso e me vendo de fora para dentro me sinto exausta.
PS.: Há quem diga que jamais devemos desistir das pessoas. Eu fico com a teoria de que dar uma nova chance é, na maioria das vezes dar a oportunidade da pessoa repetir o mesmo erro.
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