sexta-feira, 30 de outubro de 2009

31.10.09

A Greenpeace está a divulgar o vídeo O Fundo da Linha para alertar para a destruição causada pela pesca de profundidade em águas internacionais. Este vídeo conta com o apoio de Sigourney Weaver e insta os governos de todo o mundo a adoptar medidas concretas e urgentes para defender a vida marinha que se esconde nas profundezas dos oceanos.
Eu Faço a minha parte. Faça você também a sua!
Clique na imagem para ampliá-la
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30.10.09

***
Alguns temem o novo
Porque ele ameaça o estabelecido, contesta as convenções
Desafia as regras
Alguns evitam o novo
Porque ele traz insegurança, estimula o experimento, convida à reflexão
Alguns fogem do novo
Porque ele nos retira da confortável posição de autoridade
E nos obriga a reaprender
Alguns zombam do novo
Porque ele é frágil, não foi consagrado pelo uso
Mas essas pessoas se esquecem que tudo o que hoje é consagrado um dia já foi novo
Alguns combatem o novo
Porque ele contraria interesses, desafia os paradigmas, não respeita o ego, despresa o status quo
Mas tudo isso é inútil
Porque a história da humanidade mostra
Que o novo sempre vem
Por isso, recicle seus pensamentos, reveja seus pontos de vista
Atualize suas fórmulas, seus métodos, suas armas
Senão você será sempre um grande profissional
Um sujeito muito preparado para lutar numa guerra que já passou.
Enviado por um aluno querido.
Joaquim Roxo
Diretor da Unidade Alphaville - SP
Método DeRose
http://www.uni-yoga.org/blogdoderose/
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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

28.10.09

"No amor ninguém pode machucar ninguém; cada um é responsável por aquilo que sente e não podemos culpar o outro por isso... Já me senti ferida quando perdi o homem por quem me apaixonei... Hoje estou convencida de que ninguém perde ninguém, porque ninguém possui ninguém... Essa é a verdadeira experiência de ser livre: ter a coisa mais importante do mundo sem possuí-la.
(Paulo Coelho)

terça-feira, 27 de outubro de 2009

27.10.09

:)
Nem sempre as coisas andam como eu planejo.
Mas eu gosto de pensar nos dias em que tudo dá certo.
Nem sempre me cerco de pessoas compreensivas e carinhosas.
Mas aí eu corro pros amigos de verdade, que me trazem tanto prazer.
Nem sempre o meu corpo acompanha o ritmo da minha mente.
Mas eu me alegro com a lembrança dos momentos em que corpo e espírito vibraram juntos.
Nem sempre sou amada da forma que mereço.
Mas busco lá nas gavetinhas da memória, os amores sinceros que tive.
Nem sempre consigo achar conforto nas minhas orações.
Mas me consola saber que eu não abandonei a fé.
Vida nem sempre é justa, nem sempre é acolhedora, nem sempre é colorida.
Mas eu insito na idéia de ser feliz.
Porque não vale a pena passar pela vida carregando pesos...
Colecionando mágoas.
E já que estamos aqui...
A saída é ser feliz.
(A saída é ser feliz de Lena Gino )
:)

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

26.10.09

*.*
Para aqueles que não sabem usar a Vírgula
Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere.
Ela pode sumir com seu dinheiro.
R$ 23,4.
R$ 2,34.
Pode ser autoritária.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.
Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.
E vilões.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto...
Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.
A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.
A vírgula pode condenar ou salvar.
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!
Uma vírgula muda tudo.
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.
Detalhes Adicionais
SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.
Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER.
Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM.
Excelente a campanha dos 100 anos da ABI (Associação Brasileira de Imprensa).
*.*

25.10.09

Tem conversas que surgem sem ter muito sentido mesmo. Com a crença em que, coincidências não existem, me resta apenas transcrever mais um trecho do livro, O despertar de uma nova Consciência.
"A incapacidade, ou melhor, a relutância da mente humana em deixar de lado o passado é primorosamente ilustrada na história dos dois monges zen, Tanzan e Ekido, que caminhavam numa estrada enlameada depois de uma forte chuva. Próximo a uma aldeia, eles encontraram uma moça que estava tendo dificuldade em atravessar a estrada por causa da lama. Se ela continuasse a caminhar, estragaria seu quimono de seda. Sem titubear, Tanzan a pegou no colo e a carregou para o outro lado da estrada.
Os monges prosseguiram na sua caminhada em silêncio. Cinco horas depois, quando já estavam perto do templo onde passariam a noite, Ekido não conseguiu mais se conter.
- Por que você carregou a moça para o outro lado da estrada?
- perguntou.
- Nós , monges, não devemos fazer essas coisas.
- Faz horas que coloquei aquela jovem no chão - respondeu Tanzan.
- Você ainda a está carregando?"
...
***
Precisamos aprender a viver o presente. Nada do que aconteceu em épocas remotas deve ser um peso... Não temos como voltar atrás e fazer diferente. Seja qual for a decisão e a consequência dela, no momento em que decidimos por alguma coisa, foi uma decisão que num determinado tempo e lugar nos pareceu a mais acertada, então vivemos de presente e definificamente não podemos prever o futuro.
Viva
Permita-se
***

sábado, 24 de outubro de 2009

24.10.09

Ah! Como são complexas as relações humanas. Frágeis e imprevisíveis, os relacionamentos determinam em grande parte o sucesso e a felicidade em nossas vidas. E se você for do tipo de pessoa que é determinada a viver para valer, então inevitavelmente precisará dominar a arte do bom relacionamento nos diversos papéis que exerce.
Para nossa sorte apesar das relações serem complexas, os princípios que as regem não são. No fundo, todos sabemos quase que instintivamente quais ingredientes não devem faltar na química dos relacionamentos. Imagino que, na sua receita, a conquista e a manutenção da confiança seria um destes ingredientes, não é verdade?
A confiança faz fluir diálogos mais verdadeiros e, conseqüentemente, nos auxilia na construção de vínculos sólidos e duradouros. Simples? Claro que não, pois conquistar e manter a confiança demanda um longo tempo, enquanto que para perdê-la bastam frações de segundo. É como se trabalhássemos durante anos empilhando uma enorme pirâmide de cartas e, por conta de um maldito espirro, víssemos os nossos esforços desmoronando, abruptamente.
Mas como evitar a incidência de tais momentos trágicos? Se você conseguir relembrar alguns desses eventos em sua vida, possivelmente notará que eles apresentam um padrão em comum: um lapso do discernimento. A mente simplesmente perde a capacidade de sustentar todos os linkssignificativos e, de repente, "Ops! Falei sem pensar." E lá se vai a confiança que tanto nos custou para conquistar... O incrível é que esses lapsos ocorrem por conta de fatores humanos que poderiam ser perfeitamente evitados ou atenuados como, por exemplo, o cansaço físico e a instabilidade emocional. Esta condição, popularmente conhecida com o nome de stress, tem o poder de corromper o discernimento e freqüentemente nos coloca em sérios apuros. A emocionalidade estupidifica e não foram poucas as vezes em nossas vidas que, por conta de um rompante emocional tão abrupto quanto um espirro, vimos um relacionamento valioso desmoronar. Às vezes de forma irreparável.
Se por um lado os relacionamentos são complexos e imprevisíveis, por outro o stress é algo relativamente simples de ser administrado. Respirar de forma mais profunda, aprender a descontrair-se e cultivar hábitos mais saudáveis não são atividades realmente complicadas; apenas exigem um pouco de autoconsciência. Entretanto, autoconsciência não tem nada a ver com “autocontrole”. Aquele que precisa se controlar o tempo todo torna-se uma bomba de retardo e, mais cedo ou mais tarde, acaba explodindo (ou implodindo!). Autoconsciência tem a ver com sabedoria e é conquistada à medida que vamos aprendendo a fazer escolhas mais proativas, escolhas que privilegiam nossa qualidade de vida.
Aqui chegamos à conclusão inexorável: a qualidade do nosso relacionamento interpessoal começa pela qualidade do nosso relacionamento intrapessoal. Portanto, é preciso que reconheçamos a grande responsabilidade que nos cabe na construção e na manutenção de nossas relações.
Pode até parecer complexo mas, na verdade, é bastante simples. Para conquistarmos um bom relacionamento com os outros é preciso, primeiramente, que conquistemos um bom relacionamento com nós mesmos.
(O simples e o complexo nas relações humanas - Ricardo Mallet)

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

23.10.09

Sempre quando me refiro aos meus filhos Victor Hugo e Ana Gabriela, uso as palavras: não vendo, não dou, não troco e não empresto. Aproveito esse blog para dizer que por ela (Andrea) e por ele (Vinicius) pessoas amadas, abro mão das palavras citadas...
Os meus, os nossos...
"...Família é quem você escolhe pra viver
Família é quem você escolhe pra você
Não precisa ter conta sanguínea
É preciso ter sempre um pouco mais de sintonia..."
_O Rappa_

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

22.10.09

\o/\o/\o/

"O forró é a luz do escurinho das salas de reboco. É o sentimento escondido nas notas de uma sanfona sentida. É o coração que se descompassa no tilintar de um triângulo. É o arrepio da pele, o aperto no peito que a zabumba faz pulsar. É a vontade de passear pelo salão, com passos leves, miudinhos e de repente, ter a sensação de voar abraçado a outra pessoa...

O forró não tem sexo, não tem idade é despido de preconceitos. O que vale é ouvir, dançar... Seja com um amigo, um amor, um desconhecido. Não importa. Dele podem nascer grandes amores, grandes amizades, boas risadas, noites inesquecíveis.

O forró é o alimento dos corações famintos de afeto, de amizade, de amor, música, dança cultura. Não é do Norte nem do Nordeste. É do Brasil. No forró não há tristeza, solidão, melancolia. Só há vontade de consumi-lo, cada vez mais.

É o grito da alegria, de satisfação, de manifestação cultural da alma do Brasileiro"

(Fonte: http://forrogo.blogspot.com/)

\o/\o/\o/

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

21.10.09

..
Estou lendo um livro indicado por minha terapeuta: O despertar de uma nova consciência de Eckhart Tolle. Cheguei a metade do livro e voltei ao início pois começei a fazer links a achar relações de trechos do com a minha vida.
Venho postando trechos dele aqui... Acho que assim como serviram para mim, podem servir também para outras pessoas.
..."Quando se vê diante de uma crise radical, quando seu antigo estilo de existir no mundo - de interagir com os outros e com o reino da natureza - não funciona mais, quando sua sobrevivência é ameaçada por problemas aparentemente incontornáveis, uma forma de vida individual, bem como uma espécie, morrerá ou ultrapassará as limitações da sua condição por meio de um salto evolutivo..."
..

terça-feira, 20 de outubro de 2009

20.10.09

..."Reconhecer a própria loucura marca, obviamente, o surgimento da sanidade, o início da cura e da transcendência..."
(Trecho do livro_ O despertar de uma nova consciência - Eckhart Tolle)

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

19.10.09

"... Um dos aspectos do disturbio coletivo da mente humana é a violência sem precedentes que estamos infligindo a outras formas de vida e ao próprio planeta - a destruição de florestas, que produzem oxigênio, e de outros seres vegetais e animais; maus-tratos aplicados a animais em propriedades rurais voltadas à produção comercial; e o envenenamento de rios e oceanos e do ar. Motivados pela cobiça, ignorantes da nossa interdependência do conjunto como um todo, persistimos num comportamento que, se continuar indiscriminadamente, resultará na nossa própria destruição..."
(Trecho do livro_ O despertar de uma nova consciência - Eckhart Tolle)

domingo, 18 de outubro de 2009

18.10.09

-+-
Modéstia parte ninguém fica à toa
Porque coisa boa tem no meu salão
Lá no meu salão
tem tudo que é bom
O cheiro do batom
Você vai gostar
A noite inteira
Naquele chaveco
Você bate o reco
De tanto dançar
Madrugada rompendo
O dia clareando
O povo dançando
Sem querer parar
Eu vejo o sanfoneiro
Tocando animado
Eita forró bom danado
Pra se namorar
+-+

(Joci Batista - Modéstia Parte)

sábado, 17 de outubro de 2009

17.10.09

***
“Há três coisas para as quais eu nasci e para as quais eu dou minha vida. Nasci para amar os outros, nasci para escrever, e nasci para criar meus filhos. O ‘amar os outros’ é tão vasto que inclui até perdão para mim mesma, com o que sobra. As três coisas são tão importantes que minha vida é curta para tanto. Tenho que me apressar, o tempo urge. Não posso perder um minuto do tempo que faz minha vida. Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca [...].”
(A importância da maternidade - "Aprendendo a viver", Clarice Lispector)
Parafraseando Clarice posso afirmar que nasci para duas coisas, amar os outros e criar meus filhos...
***

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

16.10.09

"...Mês passado participei de um evento sobre o Dia da Mulher. Era um bate-papo com uma platéia composta de umas 250 mulheres de todas as raças, credos e idades. E por falar em idade, lá pelas tantas, fui questionada sobre a minha e, como não me envergonho dela, respondi. Foi um momento inesquecível... A platéia inteira fez um 'oooohh' de descrédito. Aí fiquei pensando: 'pô, estou neste auditório há quase uma hora exibindo minha inteligência, e a única coisa que provocou uma reação calorosa da mulherada foi o fato de eu não aparentar a idade que tenho? Onde é que nós estamos?' Onde não sei, mas estamos correndo atrás de algo caquético chamado 'juventude eterna'. Estão todos em busca da reversão do tempo. Acho ótimo, porque decrepitude também não é meu sonho de consumo, mas cirurgias estéticas não dão conta desse assunto sozinhas.
Há um outro truque que faz com que continuemos a ser chamadas de senhoritas mesmo em idade avançada. A fonte da juventude chama-se "mudança". De fato, quem é escravo da repetição está condenado a virar cadáver antes da hora. A única maneira de ser idoso sem envelhecer é não se opor a novos comportamentos, é ter disposição para guinadas. Eu pretendo morrer jovem aos 120 anos. Mudança, o que vem a ser tal coisa? Minha mãe recentemente mudou do apartamento enorme em que morou a vida toda para um bem menorzinho. Teve que vender e doar mais da metade dos móveis e tranqueiras, que havia guardado e, mesmo tendo feito isso com certa dor, ao conquistar uma vida mais compacta e simplificada, rejuvenesceu. Uma amiga casada há 38 anos cansou das galinhagens do marido e o mandou passear, sem temer ficar sozinha aos 65 anos. Rejuvenesceu. Uma outra cansou da pauleira urbana e trocou um baita emprego por um não tão bom, só que em Florianópolis, onde ela vai à praia sempre que tem sol. Rejuvenesceu.
Toda mudança cobra um alto preço emocional. Antes de se tomar uma decisão difícil, e durante a tomada, chora-se muito, os questionamentos são inúmeros, a vida se desestabiliza. Mas então chega o depois, a coisa feita, e aí a recompensa fica escancarada na face. Mudanças fazem milagres por nossos olhos, e é no olhar que se percebe a tal juventude eterna. Um olhar opaco pode ser puxado e repuxado por um cirurgião a ponto de as rugas sumirem, só que continuará opaco porque não existe plástica que resgate seu brilho. Quem dá brilho ao olhar é a vida que a gente optou por levar.
Olhe-se no espelho...
Lya Luft

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

15.10.09

***
Não gosto quando se referem à Baianidade com o estereótipo da preguiça. Da falta de sofisticação. Pierre Verger fotografou a Bahia, e os corpos que ele retratou são peitos, troncos e bundas enrijecidas pela história e pela vida dura.
São homens açoitados pela escravidão. A Bahia é graça, prazer, leveza, mas ela é também luta. O Brasil ficou independente com um grito em 1822. A Bahia teve que lutar, morrer e vencer para expulsar de vez os portugueses em 2 de julho de 1823.
Castro Alves, o maior poeta brasileiro, morreu aos 24 anos, deixando uma obra imensa. Ou seja, trabalhou muito para deixar tanto em um tempo tão curto de sua existência.
Todos os anos o povo da Bahia anda 12 quilômetros com potes de água na cabeça para lavar as escadarias de nosso pai, Oxalá.
No Carnaval baiano, enquanto milhões se divertem, milhares trabalham dia e noite cantando, tocando, vendendo, para que o nosso povo e gente de todo o mundo possam se divertir.
Além disso, quem construiu todas aquelas igrejas, aqueles fortes, monumentos? Nós. Quem colocou cada pedra no Pelourinho? Nós. Quem foi açoitado no tronco que deu ao Pelourinho seu nome? Nós.
Quem escreveu músicas, filmes, encenou, pintou, esculpiu parte significativa da produção artística deste país? Ano após ano, década após década? Nós, os baianos.
Joana Angélica, Maria Quitéria são ruas no Rio de Janeiro, mas na Bahia são sofrimento, luta e heroísmo.
A Bahia é luta, mas ela compreende que a vida não é só isso. E não é.
E é por isso que essa tal Baianidade atrai em todas as férias e feriados estressados de todo o mundo.
Na costa da Bahia, o melhor conjunto de resorts do Brasil foi construído para que você possa experimentar o melhor da vida, e a gente trabalha enquanto você descansa.
O reitor Edgard Santos, baiano de boa cepa, fez uma das significativas obras de produção acadêmica e cultural, com contundente dedicação.
Lamento que a Bahia seja tão amada, tão exaltada e tão pouco compreendida.
Todos aqueles coqueiros e boa parte das frutas e especiarias que a Bahia tem não nasceram ali: vieram de outras índias e foram plantados pelas mãos calejadas do povo da Bahia.
Mas o mundo é de percepção. E, lamentavelmente, as novas gerações, por incompetência nossa, herdaram a parte mais vulgar, mais inculta, mais básica e folclórica desta Baianidade.
Cabe a nós, os velhos, passarmos pela tradição oral, que é de fato Baianidade.
E lembrar a quem dança na Bahia que, enquanto ele dança, alguém toca. Que enquanto ele reza, alguém constrói igrejas.
Ou seja, na Bahia o trabalho é voltado para o lazer e encantamento do mundo.
E toda vez que você chegar estressado e branco e sair moreno e feliz, chegar descrente e sair otimista e apaixonado, nosso trabalho, nosso papel no mundo estará sendo cumprido.
Baianidade é enfrentar a dura vida de uma maneira que ela pareça menos dura e mais vida.
E para que exerçamos a plena Baianidade, é preciso que entendamos plenamente do que é que somos orgulhosos.
Sou orgulhoso da Bahia mãe de Menininha, Cleusa, Carmem, Stella, do grande Obarain e de Padre Sadock, Padre Luna e Irmã Dulce.
Sou orgulhoso da Bahia de Ruy Barbosa, Glauber, ACM, Luis Eduardo, Jacques Wagner, Waldir Pires - estilos diversos da mesma paixão baiana que nasceu no 2 de julho.
Sou orgulhoso de Gil, Caetano, Bethânia, Gal, de Jorge, meu amigo amado.
Sou orgulhoso de Caribé, Verger, Lícia Fábio, que não nasceram na Bahia, mas a Bahia nasceu deles.
Sou, enfim, orgulhoso dos filhos da Bahia. E por isso sou tão orgulhoso do Brasil.
O Brasil é o maior filho da Bahia. Ele nasceu lá no dia 22 de Abril de 1500 e é por isso que os brasileiros ficam tão felizes quando vão à Bahia. Porque eles estão, na realidade, visitando os parentes, revendo suas raízes.
Baianidade é enfim o DNA do Brasil, é o genoma do país.
(Preguiça Baiana - Nizan Guanaes)
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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

14.10.09

*** Aos forrozeiros, sugestão de leitura! http://www.forrojf.com.br/site/2009/10/manual-da-cretinamgem-versao-feminina/ ***

terça-feira, 13 de outubro de 2009

13.10.09

*/*

Eu fui pra Limoeiro
E gostei do forró de lá.
Eu vi um caboclo brejeiro
Tocando a sanfona, entrei no fuá.
No meio do forró houve um tereré
Disse o Mano Zé, aguenta o pagode
Todo mundo pode, gritou o Teixeira
Quem não tem peixeira briga no pé.
Eu fui pra Limoeiro
E gostei do forró de lá.
Eu vi um caboclo brejeiro
Tocando a sanfona, entrei no fuá.
Quando eu vi a Dona Zezé
A mulher que é, que topa parada
De saia amarrada fazer cocó
E dizer: eu brigo com cabra canalha
Puxou da navalha e entrou no forró.
Eu fui pra Limoeiro
E gostei do forró de lá.
Eu vi um caboclo brejeiro
Tocando a sanfona, entrei no fuá.
Eu que sou do morro, não choro, não corro,
Não peço socorro quando há chuá
Gosto de sambar na ponta da faca
Sou nego de raça e não quero apanhar.
Eu fui pra Limoeiro
E gostei do forró de lá.
Eu vi um caboclo brejeiro
Tocando a sanfona, entrei no fuá.
(Forró em Limoeiro - Edgar Ferreira)

12.10.09

11.10.09

10.10.09

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

09.10.09

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Quando a gente conhece uma pessoa, construímos uma imagem dela. Esta imagem tem a ver com o que ela é de verdade, tem a ver com as nossas expectativas e tem muito a ver com o que ela "vende" de si mesma. É pelo resultado disso tudo que nos apaixonamos. Se esta pessoa for bem parecida com a imagem que projetou em nós, desfazer-se deste amor, mais tarde, não será tão penoso. Restará a saudade, talvez uma pequena mágoa, mas nada que resista por muito tempo. No final, sobreviverão as boas lembranças. Mas se esta pessoa "inventou" um personagem e você caiu na arapuca, aí, somado à dor da separação, virá um processo mais lento e sofrido: a de desconstrução daquela pessoa que você achou que era real. Desconstruindo Flávia, desconstruindo Gilson, desconstruindo Marcelo. Milhares de pessoas estão vivendo seus dias aparentemente numa boa, mas por dentro estão desconstruindo ilusões, tudo porque se apaixonaram por uma fraude, não por alguém autêntico. Ok, é natural que, numa aproximação, a gente "venda" mais nossas qualidades que defeitos. Ninguém vai iniciar uma história dizendo: muito prazer, eu sou arrogante, preguiçoso e cleptomaníaco. Nada disso, é a hora de fazer charme. Mas isso é no começo. Uma vez o romance engatado, aí as defesas são postas de lado e a gente mostra quem realmente é, nossas gracinhas e nossas imperfeições. Isso se formos honestos. Os desonestos do amor são aqueles que fabricam idéias e atitudes, até que um dia cansam da brincadeira, deixam cair a máscara e o outro fica ali, atônito. Quem se apaixonou por um falsário, tem que desconstruí-lo para se desapaixonar. É um sufoco. Exige que você reconheça que foi seduzido por uma fantasia, que você é capaz de se deixar confundir, que o seu desejo de amar é mais forte do que sua astúcia. Significa encarar que alguém por quem você dedicou um sentimento nobre e verdadeiro não chegou a existir, tudo não passou de uma representação – e olha, talvez até não tenha sido por mal, pode ser que esta pessoa nem conheça a si mesma, por isso ela se inventa. A gente resiste muito a aceitar que alguém que amamos não é, e nem nunca foi, especial. Que sorte quando a gente sabe com quem está lidando: mesmo que venha a desamá-lo um dia, tudo o que foi construído se manterá de pé.
(Descontruções - Martha Medeiros)
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Recebi hoje pela manhã essa preciosidade por e-mail. Pude perceber que eu sei exatamente quem eu sou, muitas vezes inclusive desperto antipatias pela primeira impressão, mas não costumo fazer média com ninguém, isso pelo que aprendi ao longo dos meus 29 anos quer dizer ser verdadeiro, ser honesto... Na roda da vida vou conhecendo pessoas, reconhecendo afinidades, rompendo antipatias, conquistando pessoas, amando e sendo simplesmente feliz. Ouvi de um grande amigo que morará no meu coração para todo o sempre, que ele acredita no velho jargão: "Bonzinho só se fode", que vem como uma bola de neve e traz o de "olho por olho, dente por dente". Eu sinceramente não acredito nessa teoria, acho que a beleza da vida está em sempre, sob qualquer hipótese se colocar no lugar do outro. As pessoas precisam aprender que o que dói em nós, fatalmente doerá também no outro. Todos precisam aprender não é porque sofremos que precisamos necessariamente fazer o outro sofrer. Quando agimos de uma maneira que magoa o outro, pedir desculpas não é e nem nunca será piegas. Não me arrependo em nenhum momento pelo zelo, carinho, amor e tempo utilizado no propósito de fortalecer as relações e definitivamente não posso escolher por ninguém além de mim mesma. Sendo assim carinhosa, amorosa e cuidadosa eu estou certa e vou continuar sendo assim. Não recai sobre os meus ombros nenhuma dor na cconsciência por algo que não foi dito ou sentido, nem fico com a sensação de que podia ter feito com mais dedicação e eu não fiz. Deito a minha cabeça no travesseiro e durmo em paz, sabendo que se algo não deu certo não foi por displicência minha, sei que fiz tudo ao meu alcance. Considerando uma moeda estou de um lado dela e do outro lado da moeda, fica alguém que em algum momento da vida nem que seja em seu leito de morte se questionará sobre o tamanho da sua negligência, mas o tempo não volta para que realizemos reparos. Nos dias 10,11 e 12 não estarei com acesso à internet, mas prometo escrever coisas novas assim que estiver de volta.
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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

08.10.09

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08.10.09

Prenez soin de Vous
Já faz um tempo recebi um e-mail de uma grande amiga com um link de um comentário que a escritora Tati Bernardi fizera sobre uma exposição da artista plástica francesa Sophie Calle, que ao levar um fora via e-mail, não quis pensar no acontecido sozinha e transformou a sua história em arte. Sophie pediu a 107 mulheres que interpretassem o e-mail e transformou as diversas opniões em uma mostra. A obra, composta de textos, vídeos e fotos, representou a França na Bienal de Veneza, fez sucesso em Nova York e, agora chegou ao Museu de arte Moderna da Bahia. Confira: http://www.mam.ba.gov.br/expos2009/sophie-calle/.
Quando soube dessa exposição ontem fiquei com muita vontade de ir assisti-la e é o que farei na próxima semana.
Eis a transcrição da carta de Grégoire Bouillier a Sophie Calle:
"Há um tempo venho querendo lhe escrever e responder ao seu último e-mail. Ao mesmo tempo, me pareceria melhor conversar com você e dizer o que tenho a dizer de viva voz. Mas pelo menos será por escrito.
Como você pôde ver, não tenho estado bem ultimamente. É como se não me reconhecesse na minha própria existência. Uma espécie de angústia terrível, contra a qual não posso fazer grande coisa, senão seguir adiante para tentar superá-la, como sempre fiz. Quando nos conhecemos, você impôs uma condição: não ser a "quarta". Eu mantive o meu compromisso: há meses deixei de ver as "outras", não achando obviamente um meio de vê-las, sem fazer de você uma delas.
Achei que isso bastasse; achei que amar você e o seu amor seriam suficientes para que a angústia que me faz sempre querer buscar outros horizontes e me impede de ser tranquilo e, sem dúvida, de ser simplesmente feliz e "generoso", se aquietasse com o seu contato e na certeza de que o amor que você tem por mim foi o mais benéfico para mim, o mais benéfico que jamais tive, você sabe disso. Achei que a escrita seria um remédio, que meu "desassossego" se dissolveria nela para encontrar você. Mas não. Estou pior ainda; não tenho condições sequer de lhe explicar o estado em que me encontro. Então, esta semana, comecei a procurar as "outras". E sei bem o que isso significa para mim e em que tipo de ciclo estou entrando.
Jamais menti para você e não é agora que vou começar.
Houve uma outra regra que você impôs no início da nossa história: no dia em que deixássemos de ser amantes, seria inconcebível para você me ver novamente. Você sabe que essa imposição me parece desastrosa, injusta (já que você ainda vê B., R.,...) é compreensível (obviamente...); com isso, jamais poderia me tornar seu amigo.
Mas hoje, você pode avaliar a importância da minha decisão, uma vez que estou disposto a me curvar diante da sua vontade, pois deixar de ver você e de falar com você, de apreender o seu olhar sobre as coisas e os seres e a doçura com a qual você me trata são coisas das quais sentirei uma saudade infinita.
Aconteça o que acontecer, saiba que nunca deixarei de amar você da maneira que sempre amei desde que nos conhecemos, e esse amor se estenderá em mim e, tenho certeza, jamais morrerá. Mas hoje, seria a pior das farsas manter uma situação que você sabe tão bem quanto eu ter se tornado irremediável, mesmo com todo o amor que sentimos um pelo outro. E é justamente esse amor que me obriga a ser honesto com você mais uma vez, como última prova do que houve entre nós e que permanecerá único.
Gostaria que as coisas tivessem tomado um rumo diferente.
Cuide de você"
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Talvez se eu tivesse cursando a faculdade de psicologia, estivesse hoje apta a traçar um paralelo entre a personalidade de Grégoire Bouillier, autor da carta e de uma pessoa que escreveu um e-mail há um tempo atrás com o mesmo intuito. Ouso transcrever uma parte dele:
...
"Não sei se você vai me entender... não queria que mudasse a relação que temos de ser humano para ser humano. O respeito e o carinho que temos um com o outro. Não queria que as coisas se confundissem. Infelizmente eu tive essa história (de novela) com a M. durante 4 anos. E a coisa é muito grande. Mesmo...
Tem um lado meu muito triste por já ter comprado a passagem, por já ter te prometido e confirmado. Um lado meu envergonhado de estar te falando tudo isso diretamente para você, e um lado meu feliz de achar que tenho liberdade e intimidade suficiente para te contar qualquer tipo de coisa que diz respeito a minha vida. E tem o lado meu que diz que é isso que tenho que fazer e nisso que tenho que acreditar nesse momento.
Gostaria muito de ter essa conversa pessoalmente para te olhar nos olhos e te explicar qualquer coisa que não tenha ficado clara. Sei lá... é uma situação muito delicada....
Resumindo, é isso... não posso ir para S. Até porque nao vou estar 100% ai e isso seria mais sacanagem com você do que o fato de eu não ir...
Não sei mais o que escrever acho que isso é tudo... não sei onde enfiar a cara... não sei o que te dizer... Enfim... Ai meu jesus amado
Nem sei se espero uma resposta ou se você vai ter vontade de não falar mais comigo... não sei se você vai ficar com raiva ou chateada. Então não sei o que fazer... Acho que mesmo se for pra falar coisas ruins me escreva... mesmo se for pra me xingar me dê notícias....
Você foi uma preciosidade que eu achei no meu caminho. Coisa rara. Muito rara... Uma pessoa importante que não vou esquecer jamais...
Um beijo grande. Sem palavras para me desculpar por ter te metido nessa confusão que tem a ver com minha vida. Desculpas mesmo...
Espero alguma coisa de você... nem que seja duas palavras...
Beijos angustiados
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A terapia talvez me ajude a entender o que realmente se passa pela cabeça das pessoas quando elas negligenciam nas relações interpessoais, quando na prática a teoria é outra.
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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

07.10.09

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"Assim como uma gota de veneno compromete um balde inteiro, também a mentira, por menor que seja, estraga toda a nossa vida."
Esse post é realmente direcionado a uma única pessoa. (Foi tudo muito rápido o C@r@¨%$!) Faça-me uma garapa viu?! .

07.10.09

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Quando cheguei ontem em casa, apesar de estar com muita vontade de escrever aqui resisti pois já era bastante tarde.
Fui ao cinema assistir o filme: Uma prova de amor. O filme é simplesmente espetacular e eu recomendo que todo mundo vá assistir. Não tenho nem como descrever as sensações enquanto eu assistia, o que posso dizer apenas é que o filme é uma lição de vida!
Assistam
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terça-feira, 6 de outubro de 2009

06.10.09

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06.10.09

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Depois de um bom tempo dizendo que eu era a mulher da vida dele, um belo dia eu recebo um e-mail dizendo: 'olha, não dá mais'. Tá certo que a gente tava quase se matando e que o namoro já tinha acabado mesmo, mas não se termina nenhuma história de amor (e eu ainda o amava muito) com um e-mail, não é mesmo? Liguei pra tentar conversar e terminar tudo decentemente e ele respondeu: mas agora eu to comendo um lanche com amigos'. Enfim, fiquei pra morrer algumas semanas até que decidi que precisava ser uma mulher melhor para ele. Quem sabe eu ficando mais bonita, mais equilibrada ou mais inteligente, ele não volta pra mim?
Foi assim que me matriculei simultaneamente numa academia de ginástica, num centro budista e em um curso de cinema. Nos meses que se seguiram eu me tornei dos seres mais malhados, calmos, espiritualizados e cinéfilos do planeta. E sabe o que aconteceu? Nada, absolutamente nada, ele continuou não lembrando que eu existia.
Aí achei que isso não podia ficar assim, de jeito nenhum, eu precisava ser ainda melhor pra ele, sim, ele tinha que voltar pra mim de qualquer jeito!
Pra isso, larguei de vez a propaganda, que eu não suportava mais, e resolvi me empenhar na carreira de escritora, participei de vários livros, terminei meu próprio livro, ganhei novas colunas em revistas, quintupliquei o número de leitores do meu site e nada aconteceu. Mas eu sou taurina com ascendente em áries, lua em gêmeos, filha única! Eu não desisto fácil assim de um amor, e então resolvi tinha que ser uma super ultra mulher para ele, só assim ele voltaria pra mim.
Foi então que passei 35 dias na Europa, exclusivamente em minha companhia, conhecendo lugares geniais, controlando meu pânico em estar sozinha e longe de casa, me tornando mais culta e vivida. Voltei de viagem e tchân, tchân, tchân, tchân: nem sinal de vida.
Comecei um documentário com um grande amigo, aprendi a fazer strip, cortei meu cabelo 145 vezes, aumentei a terapia, li mais uns 30 livros, ajudei os pobres, rezei pra Santo Antonio umas 1.000 vezes, torrei no sol, fiz milhares de cursos de roteiro, astrologia e história, aprendi a nadar, me apaixonei por praia, comprei todas as roupas mais lindas de Paris. Como última cartada para ser a melhor mulher do planeta, eu resolvi ir morar sozinha. Aluguei um apartamento charmoso, decorei tudo brilhantemente, chamei amigos para a inauguração, servi bom vinho e comidinhas feitas, claro, por mim, que também finalmente aprendi a cozinhar. Resultado disso tudo: silêncio absoluto.
O tempo passou, eu continuei acordando e indo dormir todos os dias querendo ser mais feliz para ele, mais bonita para ele, mais mulher para ele.
Até que algo sensacional aconteceu...
Um belo dia eu acordei tão bonita, tão feliz, tão realizada, tão mulher, que eu acabei me tornando mulher DEMAIS para ele. Ele quem mesmo???
Martha Medeiros

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

05.10.09

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"Todo o poder provém de dentro e portanto está sob nosso controle"
(Robert Collier)
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domingo, 4 de outubro de 2009

04.10.09

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Receita de Dona Cacilda
Dona Cacilda é uma senhora de 92 anos, miúda, e tão elegante, que todo dia às 08 da manhã ela já está toda vestida, bem penteada e discretamente maquiada, apesar de sua pouca visão.
E hoje ela se mudou para uma casa de repouso: o marido, com quem ela viveu 70 anos, morreu recentemente, e não havia outra solução.
Depois de esperar pacientemente por duas horas na sala de visitas, ela ainda deu um lindo sorriso quando a atendente veio dizer que seu quarto estava pronto. Enquanto ela manobrava o andador em direção ao elevador, dei uma descrição do seu minúsculo quartinho, inclusive das cortinas floridas que enfeitavam a janela.
Ela me interrompeu com o entusiasmo de uma garotinha que acabou de ganhar um filhote de cachorrinho.
- Ah, eu adoro essas cortinas...
- Dona Cacilda, a senhora ainda nem viu seu quarto... Espera um pouco...
- Isto não tem nada a ver, ela respondeu, felicidade é algo que você decide por princípio. Se eu vou gostar ou não do meu quarto, não depende de como a mobília vai estar arrumada... Vai depender de como eu preparo minha expectativa. E eu já decidi que vou adorar. É uma decisão que tomo todo dia quando acordo.
Sabe, eu posso passar o dia inteiro na cama, contando as dificuldades que tenho em certas partes do meu corpo que não funcionam bem... Ou posso levantar da cama agradecendo pelas outras partes que ainda me obedecem.
- Simples assim?
- Nem tanto; isto é para quem tem autocontrole e exigiu de mim um certo 'treino' pelos anos a fora, mas é bom saber que ainda posso dirigir meus pensamentos e escolher, em consequência, os sentimentos.
Calmamente ela continuou:
- Cada dia é um presente, e enquanto meus olhos se abrirem, vou focalizar o novo dia, mas também as lembranças alegres que eu guardei para esta época da vida. A velhice é como uma conta bancária: você só retira aquilo que guardou. Então, meu conselho para você é depositar um monte de alegrias e felicidades na sua Conta de Lembranças. E, aliás, obrigada por este seu depósito no meu Banco de lembranças. Como você vê, eu ainda continuo depositando e acredito que, por mais complexa que seja a vida, sábio é quem a simplifica.
Depois me pediu para anotar:
Como manter-se jovem:
1. Deixe fora os números que não são essenciais. Isto inclui a idade, o peso e a altura. Deixe que os médicos se preocupem com isso.
2. Mantenha só os amigos divertidos. Os depressivos puxam para baixo. (Lembre-se disto se for um desses depressivos!)
3. Aprenda sempre: Aprenda mais sobre computadores, artes, jardinagem, o que quer que seja. Não deixe que o cérebro se torne preguiçoso. 'Uma mente preguiçosa é oficina do Alemão.' E o nome do Alemão é Alzheimer!
4. Aprecie mais as pequenas coisas
5. Ria muitas vezes, durante muito tempo e alto. Ria até lhe faltar o ar. E se tiver um amigo que o faça rir, passe muito e muito tempo com ele/ela!
6. Quando as lágrimas aparecerem aguente, sofra e ultrapasse. A única pessoa que fica conosco toda a nossa vida somos nós mesmos. VIVA enquanto estiver vivo.
7. Rodeie-se das coisas que ama: Quer seja a família, animais, plantas, hobbies, o que quer que seja. O seu lar é o seu refugio.
8. Tome cuidado com a sua saúde: Se é boa, mantenha-a. Se é instável, melhore-a. Se não consegue melhora-la , procure ajuda.
9. Não faça viagens de culpa. Faça uma viagem ao centro comercial, até a um país diferente, mas NÃO para onde haja culpa.
10. Diga às pessoas que ama que as ama a cada oportunidade.
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03.10.09

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Inspiração dos meus sonhos, não quero acordar
Quero ficar só contigo não vou poder voar
Pra que parar pra refletir se meu reflexo é você
Aprendendo uma só vida, compartilhando prazer

Por que parece que na hora não vou aguentar
Se eu sempre tive força e nunca parei de lutar
Como num filme, no final tudo vai da certo
Quem foi que disse que pra ta junto precisa ta perto?

Pensa em mim
Que eu to pensando em você
E me diz
O que eu quero te dizer
Vem pra cá pra eu ver que juntos estamos
E te falar
Mais uma vez que te amo

O tempo que passamos juntos vai ficar pra sempre
Intimidades, brincadeiras só a gente entende
Pra quem falar que namorar é perder tempo eu digo:
A muito tempo eu não crescia o que eu cresci contigo

Juntos no balanço da rede, sob o céu estrelado
Sempre acontece, o tempo pára quanto tô do seu lado
A noite chega, eu fecho os olhos e é você quem vejo
Como eu queria estar contigo, eu paro e faço um desejo

Pensa em mim
Que eu to pensando em você
E me diz
O que eu quero te dizer
Vem pra cá pra eu ver que juntos estamos
E te falar
Mais uma vez que te amo

Mais uma vez que te amo...

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